Eu gosto de rock. Sei que não da pra ver direito na fotinho ai do meu perfil, mas eu tenho o cabelo comprido, sempre de calça preta, camiseta preta (de bandas cujos nomes estão em caracteres ineligíveis aos leigos) e quando estou com fones nos ouvidos, o indefectível balançar de cabeça.
Mas descobri que todos esses clichês estilísticos não são suficientes para me caracterizar. Praticamente todos os dias alguém me olha, de cima a baixo, com aquela cara de quem está fazendo uma descoberta e tasca:
- Você é roqueiro?
Hum. Convenhamos. Ou falta-lhes poder de observação ou cultura geral, sei lá. Mas eu tenho sempre uma resposta:
- Não. Sou cover do Frank Aguiar. Mas tô sem o chapéu hoje.
Ou:
- Não. É promessa. Pra ver se todo mundo que me faz essa pergunta é fulminado por um raio. Não está dando certo até agora.
Ou simplesmente:
- Deus me livre!
Isso me lembra um dia em que estava num show no saudoso Bar do Bal (bons tempos). Lá só rolava rock, metal e as variantes. Eu havia saído pra porta, pra tomar um ar. Me aparece um senhor:
- Eu to procurando meu filho. Ele tem o cabelo comprido e tá de camiseta preta.
Abri a porta e mostrei pra ele os cento e tra-lá-lá metaleiros la dentro:
- Pode escolher um aí, senhor...
É difícil!
PS.: Gente, não sou eu na imagem!
Um comentário:
Osmir... você é roqueiro?? Tô pasma!
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